A abertura do mercado internacional a micro e pequenas empresas ainda é um desafio para o qual o segmento precisa contar com linhas diferenciadas de crédito.
Foi com o propósito de compartilhar informações que ofereçam aos empreendedores oportunidades de crédito ofertadas por instituições financeiras públicas e privadas que FIESC, ACIJS e SEBRAE/SC promoveram um workshop no Centro Empresarial de Jaraguá do Sul – CEJAS.
Participaram do evento, realizado no formato híbrido, representantes do BRDE, Banco do Brasil, Santander e Badesc. O presidente da Câmara de Desenvolvimento da Micro e Pequena Indústria e vice-presidente regional da FIESC no Vale do Itapocu, Célio Bayer, destacou a importância ampliar as possibilidades de comércio exterior ao setor, que responde por volume expressivo de postos de trabalho e na geração de riquezas para o Brasil.
“Essa é uma demanda que tem mobilizado as entidades, uma provocação que a ACIJS tem feito no sentido de buscar a parceria das instituições de fomento em apoio não só às micro e pequenas, mas também para que as médias empresas possam estar inseridas no contexto da internacionalização”, explicou Célio Bayer.
O gerente de internacionalização do SEBRAE/SC, Fábio Galotti, ressaltou que abrir fronteiras internacionais é uma das missões do órgão por meio do programa Go To Marketing, em parceria com a FIESC. Iniciado em 2019, a iniciativa em seu primeiro ciclo ofereceu a mais de uma centena de empresas de micro e pequeno porte capacitação, diagnósticos e consultorias específicas em comércio exterior e, desde então, novos ciclos têm sido realizados com mais participantes de todos os segmentos produtivos.
“É um programa que olha todos os aspectos da internacionalização, além da exportação e da importação, mas também as oportunidades de licenciamentos com possibilidade de geração de negócios. O mercado externo é muito competitivo, quando pensamos em pequenas empresas os números do Brasil ainda são pequenos e é preciso aumentar essa corrente internacional”, observa.
Alexandre Martin, Gerente de Internacionalização da FIESC, disse que o foco principal dos eventos é disseminar informações que permitam, além da abertura de mercados, também a maior atratividade de investimentos e, principalmente, atender ao desejo de empreendedores por inovação. “Por isso, é indispensável que o setor conte com oportunidades de capacitação e de financiamento”, enfatiza.
Representando as instituições participantes, abordando as possibilidades de programas e linhas voltadas ao mercado internacional, participaram do workshop Gilson Barreto, gerente de Negócios do BB; Nivaldo Presalino, gerente regional do BRDE; Sérgio Humberto Virgílio Vieira Margutti, executivo do Santander; e André Achilles Lenzi, gerente regional de Negócios do Badesc.
>>> Confira as apresentações na íntegra e detalhes das linhas de financiamento para internacionalização de pequenas e micro empresas >>
Entidades buscam articulação regional
Além de dar oportunidade às instituições de fomento apresentarem seus produtos e serviços de crédito, o seminário também teve como objetivo fortalecer o relacionamento do setor produtivo e suas entidades na busca de apoio do poder público. Célio Bayer lembrou que FIESC e ACIJS têm feito gestões junto à Secretaria de Assuntos Internacionais e à Secretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentável visando estruturar programas de qualificação de empreendedores.
Bayer anunciou a intenção de que essas tratativas avancem para que no começo de 2022 seja possível o desenvolvimento de uma plataforma de internacionalização, que será apresentada em reunião do Comitê de Desenvolvimento Regional. Segundo ele, o objetivo é organizar uma agenda que reúna informações sobre as demandas da indústria, levando em conta necessidades de inteligência de negócios, inovação e tecnologia, além de capacitação e financiamento.