A segunda edição do Encontro Empresarial ACIJS, no próximo dia 10 (terça-feira) vai contar com a presença do economista Roberto Padovani, abordando como tema o cenário econômico e os seus impactos na eleição presidencial.
Evento em parceria com o OCP News, que na data comemora 103 anos de fundação e um dos jornais mais longevos de Santa Catarina, ocorrerá no Centro Empresarial, a partir das 18h30min. A participação é gratuita, com confirmações pelo portal In Rede [ www.acijs.com.br ]. Informações pelo e-mail [email protected] e pelo telefone (47) 98835-1316.
Roberto Padovani é economista-chefe do BV e um dos mais conceituados analistas sobre os cenários nacional e internacional e seus reflexos no mercado. Antes de iniciar a atuação no BV em 2011, fez parte do time global do Banco WestLB, sendo responsável pela América Latina. Também foi sócio por 10 anos da Tendências Consultoria e assessor do Ministério da Fazenda durante o Plano Real. Formado em Economia pela Universidade de São Paulo, em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas, Padovani é ainda mestre em Economia pela mesma FGV.
Em recente análise sobre a atual conjuntura global, ressaltou que o conflito armado entre a Ucrânia e a Rússia trará consequências pesadas para o mundo, em especial, para o Brasil, que se encontra mais vulnerável a choques externos. O crescimento econômico no país já está baixo e a inflação, alta, rodando na casa de 10% ao ano. Dependendo da duração da guerra, esse quadro tende a piorar, pois atingirá a cadeia global de produção. Ou seja, poderá haver escassez de mercadorias, o que sempre resulta em preços mais altos. “É um custo espalhado por todo o planeta, todo mundo deve pagar a conta”, avaliou em reportagem ao jornal O Correio Braziliense, ainda em março.
Para ele, o Brasil está sem margem de manobra para lidar com choques externos. A carga tributária atingiu o limite, a arrecadação extra que houve no ano passado teve a ver com a inflação alta, os juros continuarão subindo, empurrando a dívida pública para cima. Ele ressalta, ainda, que a proximidade das eleições tornará mais difícil a aprovação de reformas como a administrativa, que poderiam resolver parte dos problemas da estrutura dos gastos públicos. “Essa indefinição aumenta o ambiente de incertezas, leva a mais imprevisibilidade e, portanto, acaba penalizando o país”, destaca Padovani.