Os indicadores positivos que Jaraguá do Sul tem alcançado nos últimos anos, comparados a outras regiões do País, refletem o engajamento da sociedade local com os órgãos de segurança pública.
A parceria entre poder público, classe empresarial, poder judiciário, Ministério Público e as polícias civil e militar, além do envolvimento de entidades que representam outros segmentos organizados, conselhos de segurança e as associações de moradores, foi enaltecida em painel realizado nesta segunda-feira (23), durante a plenária da ACIJS e APEVI.
Durante o painel, os comandos da 12ª Região de Polícia Militar e do 14º Batalhão da Polícia Militar relataram como a corporação tem atuado, destacando investimentos realizados, apresentando indicadores de desempenho e enfatizando a importância de continuidade do trabalho realizado.
“Se não fosse a organização e o envolvimento de entidades da sociedade civil, em parceria com o poder público, com o judiciário e o Ministério Público, não seria possível termos essa condição de atender a comunidade com o nível de resposta que estamos apresentando”, assinalou o tenente-coronel Gildo Martins de Andrade Filho, comandante do 14º BPM.
No relato, o oficial destacou investimentos superiores a R$ 2,5 milhões realizados recentemente para a compra de viaturas (automóveis e motocicletas), armamentos e munições, coletes, câmeras de monitoramento, fardas, equipamentos e materiais diversos usados no dia a dia. Na maior parte, os recursos são oriundos de convênios com o município e com a Justiça, mas também resultados de doações da comunidade, ressalta o comandante.
Embora com uma estrutura de qualidade, a PM se ressente de maior efetivo para atender aos 5 municípios da região. Atualmente são 221 policiais, contingente para atender uma população de cerca de 270 mil habitantes e área de 1.800 quilômetros quadrados, o que está longe dos parâmetros mundiais de segurança pública.
Segundo ele, a cidade se horizontaliza e a região cresce, há urgência de se aumentar o efetivo para atender a este crescimento. Desde 2002, com a criação do 14º BPM, o contingente reduz em relação à densidade populacional. “Nos últimos 16 anos, enquanto a população cresceu cerca de 50 por cento o número de policiais diminuiu 21 por cento. Compensamos a falta de maior efetivo com uma estrutura qualificada, com equipamentos e com a tecnologia.”, explica Andrade Filho.
O comandante da 12ª RPM, coronel Amarildo Alves, diz que a situação de queda de efetivo é dramática e expõe uma realidade de Santa Catarina. “Estamos preocupados com esta situação porque se de um lado as regiões têm aumento de ocorrências o número de policiais diminui. Há expectativa de que o Governo do Estado contrate 900 policiais, e mesmo que este número apenas venha cobrir um déficit já existente, vai representar uma situação melhor do que a atual”, afirma. Ele também destaca o envolvimento da comunidade para que a PM realize um trabalho de qualidade.