O empresário Leonardo Fausto Zipf, diretor-presidente da Duas Rodas Industrial é um dos homenageados com a Ordem do Mérito da Indústria. A entrega da comenda ocorreu nesta sexta-feira (24) durante solenidade na sede da FIESC – Federação das Indústrias de Santa Catarina.
Também receberam a distinção, Glauco José Côrte (ex-presidente da FIESC e vice-presidente executivo da CNI) e Sidney Haroldo Teruo Ogochi (Ogochi Menswear). O empresário Rui Altenburg, da empresa Altenburg, recebeu a comenda máxima da indústria nacional, a Ordem do Mérito Industrial da CNI – Confederação Nacional da Indústria. No mesmo evento, foi entregue ainda o Mérito Sindical, que reconhece a atuação de sindicatos de empresas no estado.
Discursando em nome dos homenageados, Leonardo Zipf disse que a história dentro do empreendedorismo é marcada pela importância e relevância do ser humano como fator determinante para alcançar os sonhos, e destacou a importância da inovação e das pessoas para a perenidade das organizações.
“O futuro é delineado por ações que estamos criando no presente. O caminho é construído passo a passo. Uma marca se torna referência quando o propósito está à frente dos interesses pessoais. Afinal, são vários corações que pulsam pelo sucesso e pela imagem de uma empresa”, afirmou o diretor presidente da Duas Rodas Industrial.
Apoio a reformas e a incentivos para crescimento econômico
O presidente da FIESC, Mário Cézar de Aguiar, em seu pronunciamento, ressaltou a trajetória vitoriosa dos homenageados e disse que eles honram a classe industrial do estado, manifestando a o compromisso do setor com o desenvolvimento do País ao defender a aprovação de reformas que levem ao crescimento econômico.
“Precisamos dizer com clareza e firmeza que o setor industrial catarinense apoia incondicionalmente a reforma previdenciária, essencial para restabelecer o equilíbrio fiscal, atrair investimentos e manter a roda da economia girando”, afirmou o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, em seu discurso na solenidade.
“Em âmbito estadual, defendemos a manutenção e regulamentação dos incentivos fiscais. Há uma ideia equivocada de que se trata de renúncia fiscal. Mas ninguém pode abrir mão daquilo que não possui. A alegada renúncia é sobre uma arrecadação que não existiria sem os incentivos fiscais. Eles mantêm e atraem empresas que movimentam a economia, geram empregos e elevam a arrecadação do tesouro”, resumiu Mário Aguiar.
Ele mencionou as reuniões realizadas nos últimos meses com o governo do estado para equacionar a regulamentação setorial dos incentivos fiscais dentro dos parâmetros legais, preservando setores econômicos fundamentais para a geração de empregos e a arrecadação pública. “Temos convicção de que esse capítulo em breve será concluído, com o encaminhamento à Assembleia Legislativa das pautas como foram acordadas com o setor produtivo, para que sejam aprovadas, convertidas em lei e sancionadas em tempo hábil”, afirmou.
Ainda em seu discurso, Aguiar chamou a atenção para o momento político e econômico delicado pelo qual passa o país. “Assistimos perplexos a notícias como a discussão sobre o impeachment do presidente da República. Lembramos que decorreram menos de 150 dias de mandato. Isso é algo preocupante e paradoxal para um país que o elegeu com 57 milhões de votos. Somente em nosso estado, recebeu 2,8 milhões de votos, mostrando que Santa Catarina apostou alto num Brasil diferente”, argumentou, convidando a plateia a refletir. “Conclamo aos colegas empresários e a todos os que aqui se encontram para que invistamos e nos esforcemos na defesa intransigente de um novo Brasil”, afirmou.
Glauco Côrte, que é vice-presidente da CNI e representou a entidade, reforçou a importância da aprovação da nova previdência e disse que este é um momento de celebração, mas, também, de convocação a todos para enfrentar os grandes desafios que afetam o país. “Vivemos, de fato, tempos difíceis. A recuperação da economia exige uma ação coordenada do Executivo, do Congresso e da sociedade para aprovar as reformas que criarão as condições para o crescimento sustentado do país. A principal dessas medidas, de curto prazo, é a reforma da previdência. Na atual conjuntura, de enormes restrições fiscais e dificuldades na economia, não podemos deixar de dar ênfase à reforma da previdência”, declarou, salientando que o sistema atual é inviável do ponto de vista financeiro, injusto do ponto de vista social e desalinhado com o extraordinário crescimento da expectativa de vida da população. (Com informações da FIESC)