Notícias 12 jul, 22

Painel reuniu lideranças da indústria e representantes de montadoras e de instituições voltadas ao fomento da inovação

Encontro Empresarial debate caminhos para SC avançar em mobilidade elétrica

A definição de políticas públicas que permitam ao estado contar com infraestrutura de recargas e o estímulo para a compra de veículos, estão entre as principais demandas para que a mobilidade elétrica ganhe impulso em Santa Catarina. Com isso, o estado pode ampliar o alcance no uso de fontes alternativas de energia no transporte individual e coletivo, promovendo a sustentabilidade ambiental com o fim de emissões de motores por combustão, e na geração de oportunidades de negócios em cadeias produtivas com as novas tecnologias.

O panorama foi traçado pelos participantes de painel realizado no Centro Empresarial de Jaraguá do Sul, nesta segunda-feira (11), onde ocorreu reunião da Câmara Setorial Smart City, da FIESC, em parceria com a Associação Empresarial e Novale Hub, com o tema “Infraestrutura para Cidades Inteligentes – Mobilidade elétrica e as oportunidades de novos negócios”.

O evento reuniu representantes das três entidades, executivos da General Motors e Renault, da Fapesc – Fundação de Amparo à Tecnologia e Inovação, da Secretaria Executiva de Assuntos Internacionais e do Sapiens Parque. O painel atualizou informações sobre como o estado vem se preparando para a expansão na utilização de veículos elétricos que ocorre mundialmente, e reforçou a importância de uma integração da indústria, de instituições de fomento em pesquisas com os ambientes de inovação.

Confira na galeria de fotos, alguns momentos do Encontro Empresarial e do painel “Infraestrutura para Cidades Inteligentes – Mobilidade elétrica e as oportunidades de novos negócios”, no Centro Empresarial – fotos de Caroline Stinghen

Pauline Menegotti Horn, vice-presidente de Empreendedorismo e Inovação da ACIJS, disse que a entidade busca uma participação ainda mais acentuada para que Jaraguá do Sul e região sejam cada vez mais ambientes que favoreçam o desenvolvimento econômico apoiado na sustentabilidade ambiental e social. Segundo ela, historicamente as empresas locais têm na vertente da inovação uma característica importante de mercado, se posicionando à frente em muitas áreas de negócios.

Jean Vogel, presidente da Câmara de Smart City, lembrou que a FIESC tem atuado fortemente para que o estado seja protagonista no debate que envolve a descarbonização do planeta, e reforçou a importância que a indústria vem dando não só com a melhoria da mobilidade, mas pensando na sustentabilidade em benefício de pessoas e impulsionando negócios com as novas tecnologias.

O papel da Câmara Setorial, explicou, é apoiado em três pilares: sensibilização, ativação e promoção de discussões que envolvam a indústria, poder público e demais entidades ligadas ao tema, e para isso vem desenvolvendo ações de mobilização do setor produtivo e na definição de um programa estadual de estímulo à mobilidade elétrica, entre outras iniciativas. O vice-presidente regional da FIESC no Vale do Itapocu, Célio Bayer, lembrou da ênfase do Instituto Eggon Silva em mobilidade elétrica, não só na formação de profissionais em programa como um MBI voltado à área da inovação, mas também na prestação de serviços para as indústrias da região.

Para o vice-presidente de Articulação Institucional da ACIJS, Daniel Marteleto Godinho, há grandes oportunidades tecnológicas e de mercado, mas também desafios que precisam ser vencidos rapidamente para que o Brasil seja protagonista de um novo ciclo da economia global, apresentando dados das possibilidades de expansão do setor.

Um parâmetro desta situação, explica, está no comportamento do mercado. Segundo ele, em 2020, a indústria automotiva teve uma queda como reflexo da crise global. Porém, já em 2021 o segmento de elétricos registrou aumento, com 9% do total de novos veículos vendidos no mundo sendo da matriz elétrica. Mesmo estando atrás de países como China, dos Estados Unidos e da Europa, que lideram o movimento de descarbonização veicular, o Brasil já apresenta potencial, com 1,9% do total de novos veículos eletrificados, o que segundo ele confirma uma tendência de crescimento na demanda por veículos nesta categoria. Ainda que o preço da bateria seja um inibidor, situação que pode mudar com o desenvolvimento de soluções de redução do custo, o vice-presidente da ACIJS cita estudos demonstrando que a paridade de preços de veículos elétricos e de combustão deve ser uma realidade até 2030 ou no máximo em 2035. O indicador aponta a urgência do movimento por infraestrutura de recarga em estradas e até em residências e em espaços nas cidades, área onde já existem soluções desenvolvidas por empresas brasileiras, como a própria WEG, de projetos de expansão da rede como o de implantação de um corredor elétrico liderado pela Celesc.

Na mesma linha, o secretário executivo de Assuntos Internacionais do Governo do Estado, Fernando Raupp, ressaltou as ações para que Santa Catarina esteja inserida nos compromissos da agenda global pela descarbonização. Citou a criação de um grupo de trabalho coordenado pela Pasta, em parceria com Sapiens Parque, GM e WEG, com o objetivo de estruturar um plano de ação e com isso o estado se prepare para a nova tecnologia em relação a outras regiões do Brasil. Ele informou que projeto nesta direção foi apresentado em maio, com previsão de implantação ainda neste ano de ações com o objetivo de mostrar as oportunidades de investimentos a empresas interessadas em negócios com mobilidade elétrica.

O presidente da Fapesc, Fábio Zabot Holthausen, detalhou como a instituição tem atuado para viabilizar as iniciativas de fomento na área da mobilidade, seja integrando projetos estruturantes como no subsídio a entidades parceiras por meio de recursos em editais públicos.

Para o presidente do Novale Hub e ex-presidente da ACIJS, Luis Hufenüssler Leigue, a participação de agências de fomento como a Fapesc e da administração pública é fundamental para alavancar a inovação.  Os recursos, assinala, dão oportunidades ao empreendedor que quer inovar, mas que precisa de políticas públicas e de equipamentos e assim desenvolver seu negócio. O empresário destaca que seja com smart cities que tragam às cidades modelos inteligentes de resposta às comunidades em todas as áreas do setor público apoiadas na tecnologia da Internet 5G, por exemplo, ou com matrizes inovadoras como a mobilidade elétrica, há uma nova perspectiva para a economia, com cadeias econômicas que surgem ou se organizam.

Daniella Abreu, diretora executiva do Sapiens Parque, também ressaltou o papel da instituição em contribuir para um novo cenário de mobilidade no projeto estadual, atuando na atração de empresas que invistam em pesquisa e desenvolvimento nas novas cadeias de negócios, em conexão com outras instâncias públicas e privadas que buscam oportunidades de transformação na indústria, com o objetivo de colocar Santa Catarina em posição de destaque.

O painel contou ainda com a participação de Andrei Kuhnen da Silva, gerente geral de Engenharia da Renault América, e de Adriano Barros, diretor de Relações Públicas e Governamentais da GM na América do Sul. O executivo da Renault falou dos investimentos da companhia e disse que o negócio com veículos elétricos deve representar cerca de 20% do faturamento da marca até 2030, com o desafio da empresa em oferecer um produto sustentável ambientalmente e de custo acessível. A GM, por sua vez, investe 35 bilhões de dólares até 2025 na fabricação de veículos elétricos e autônomos, preparando a montadora para a nova realidade que o mercado traz com a mobilidade elétrica.

>>> Confira o evento na íntegra >>>



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