Seja um associado
Notícias
Fique bem informado
Acompanhe as novidades da ACIJS e fique por dentro dos principais fatos do universo empresarial da região e do estado.
Publicado em 23/08/2019
Compartilhe:

Acordo Mercosul e União Europeia fará economia crescer, mas há desafios a serem vencidos, afirmam especialistas

A consolidação do acordo entre países do Mercosul e da União Europeia pode trazer dividendos positivos para o Brasil, mas este objetivo será mais fácil de ser alcançado se as indústrias se adequarem para enfrentar a concorrência imposta pelo livre comércio e o País acelere em reformas estruturais.

Um quadro das oportunidades e de desafios que o acordo pode oferecer ao Brasil foi apresentado a empresários de Jaraguá do Sul e região durante encontro promovido pela ACIJS e FIESC nesta quinta-feira (22).

O assunto foi abordado por Carlos Eduardo Abijaodi, diretor de desenvolvimento industrial, e Fabrízio Sardelli Panzini, gerente de negociações internacionais da CNI – Confederação Nacional da Indústria. Os dois especialistas ressaltaram que o acordo traz aspectos vantajosos para uma retomada do crescimento econômico no Brasil, mas também impõe necessidades de cumprimento a uma agenda que estimule a competitividade da indústria, seja pelo equilíbrio fiscal, menor burocracia e mais atenção à infraestrutura e logística.

 

“É o maior acordo comercial da história do Brasil, com a eliminação de barreiras e a possibilidade de entrada de recursos que poderão trazer um novo ciclo econômico. Mas o sucesso vai depender de como estivermos preparados para esta relação com outros países”, avalia Fabrízio.

Conforme Carlos Abijaodi, a CNI mantém uma agenda de acompanhamento e de discussão com o governo visando apresentar sugestões e de orientação às empresas. “O trabalho de mobilização é importante e as associações empresariais, sindicatos e entidades representativas devem acompanhar as movimentações do acordo”, assinala.

O presidente da ACIJS, Anselmo Luiz Jorge Ramos, concorda que o tema deve mercer acompanhamento permanente do setor produtivo. “É um acordo que oferece o desafio da indústria nacional se reinventar, de termos um novo momento de oportunidades e ao mesmo tempo ameaças que precisam ser enfrentadas”, observou.

Embora ressaltem que a definição do acordo é uma estratégia que vem sendo discutida há muitos anos e se trata de uma decisão da cúpula do Mercosul, reações externas ampliam as dificuldades de um entendimento na rapidez desejável. Reflexos da disputa entre Estados Unidos e China, questões diplomáticas e divergências ideológicas entre governos, ou debates sobre o meio ambiente, na avaliação dos dois especialistas trazem influência para que o acordo seja definido em sua totalidade, mas não impedem entendimentos pontuais entre os países.

Para eles, quanto mais rapidamente o Brasil avançar em reformas como a tributária e a fiscal, a exemplo do encaminhamento com a reforma previdenciária, maior será o nível de confiança da comunidade internacional. “O mercado precisa de tranquilidade, a economia reage de acordo com os posicionamentos do governo, com mais infraestrutura e logística, educação profissional e regras mais claras que traga a confiança de quem investe, são decisões que podem levar o país a ser mais competitivo, uma balança comercial favorável e com uma agenda que estimule as concessões e privatização. Isto poderá levar a um crescimento anual de 3%, e a termos uma melhor imagem externa”, argumenta Abijaodi.

No encontro, a presidente da Câmara de Comércio Exterior da FIESC, Maria Teresa Bustamante, e o vice-presidente regional no Vale do Itapocu, Célio Bayer, reforçaram o compromisso da entidade com a internacionalização da indústria catarinense. Conforme Maria Teresa, trata-se de um dos eixos da atual gestão e conta com a atuação direta do presidente Mario Cezar de Aguiar com o objetivo de ampliar a presença de Santa Catarina no mercado global. Presidente da Câmara Setorial da FIESC para as micro e pequenas indústrias, Célio Bayer também entende que o acordo pode favorecer a uma maior participação de segmentos produtivos que ainda não participam ativamente do mercado internacional, seja nas pautas de importação ou de exportação.

O que representa o acordo

. O Mercosul representa 75% do PIB (Produto Interno Bruto) da América do Sul e um mercado de consumo estimado em mais de 260 milhões de pessoas

. A comunidade europeia representa a maior economia do mundo, com mais de 500 milhões de habitantes, responde por um PIB de 20 trilhões, por 32% das importações do planeta, por 33% das exportações e por 21% dos investimentos globais

 

>> Confira a íntegra da palestra >> https://youtu.be/d6jJ3idGZqA

Compartilhe:
Notícias relacionadas
Jaraguá do Sul segue como uma das cidades mais seguras do Brasil
Destaques

Jaraguá do Sul segue como uma das cidades mais seguras do Brasil

Em novo ranking, cidade cai uma posição, mas se mantém com destaque em anuário brasileiro de segurança pública

Leia mais
Voz Única: Facisc reforça pleitos prioritários para a região Norte
Associativismo

Voz Única: Facisc reforça pleitos prioritários para a região Norte

Projetos estruturantes, necessários para o desenvolvimento regional, formam o eixo central na mobilização do setor produtivo junto ao poder público

Leia mais
Resultados reforçam a importância da destinação do Imposto de Renda a projetos sociais
Destaques

Resultados reforçam a importância da destinação do Imposto de Renda a projetos sociais

Encontro realizado no Centro Empresarial teve como objetivo fortalecer parcerias entre poder público, organizações sociais e comunidade para ampliar destinações via renúncia fiscal a projetos no município

Leia mais
Sicredi é a melhor empresa para trabalhar no Brasil e a maior da região Sul
PARCERIAS ACIJS

Sicredi é a melhor empresa para trabalhar no Brasil e a maior da região Sul

Instituição financeira cooperativa com presença em todo o Brasil conquistou dois reconhecimentos de grande relevância em 2025

Leia mais
Jornada Empreendedora ACIJS/SEBRAE quer mostrar importância de ESG para as micro e pequenas empresas
Gestão Empresarial

Jornada Empreendedora ACIJS/SEBRAE quer mostrar importância de ESG para as micro e pequenas empresas

Palestra gratuita no Centro Empresarial, exclusiva para empresas associadas, quer mostrar que ações focadas na construção de um mundo melhor, limpo e economicamente equilibrado não representam mais apenas uma tendência e sim exigência do mercado

Leia mais
FACISC lança campanha para reforçar representatividade do setor produtivo catarinense
Associativismo

FACISC lança campanha para reforçar representatividade do setor produtivo catarinense

ACIJS está integrada à campanha Aí me representa, que mostra o valor do associativismo em prol do desenvolvimento empresarial

Leia mais
Newsletter

Receba em seu e-mail as novidades e eventos que acontecem na região.