O presidente da ACIJS, Anselmo Luiz Jorge Ramos, avalia que em 2020 a balança comercial brasileira deverá experimentar um superávit (diferença entre exportações/importações) na ordem de US$ 26 bilhões, o que representaria uma contração de 42,2% em relação a 2019.
Em reportagem do jornal O Correio do Povo sobre os resultados alcançados pelo País no mercado global, o empresário avalia que o crescimento do mercado interno é um fator positivo que poderá estimular as importações na ordem de 6% a 7% no ano. Em contrapartida, assinala que as exportações atualmente lastreadas em commodities agrícolas e minerais, estão sendo afetadas diretamente pela queda de braço entre Estados Unidos e China, atingindo notadamente a soja brasileira.
“Somente a partir de 2021 deverá ser sentida a virada desse cenário, pois estaremos tendo um ambiente mais favorável às exportações promovida pelos efeitos das reformas que estamos experimentando e vêm sendo implementadas”, comenta Ramos.
Mercado busca retomada, ainda que gradual
Conforme a reportagem, Jaraguá do Sul fechou o ano de 2019 com um saldo positivo em US$ 218,68 milhões na balança comercial. Ao final de 2018, o superávit comercial do município registrou o valor de US$ 246,12 milhões de dólares, mesmo com o impacto fortemente negativo da greve dos caminhoneiros, que paralisou a malha logística do país por 10 dias, em maio.
Em comparação com o ano anterior, Jaraguá do Sul registrou uma queda de 0,16% nas exportações, encerrando o ano com um total de US$ 588,07 milhões em produtos vendidos para clientes em outros países. Em contrapartida, as importações jaraguaenses aumentaram 7,73%, encerrando o ano de 2019 em um montante de US$ 369,39 milhões em produtos comprados do exterior.
Durante o ano, as exportações contavam com uma tendência positiva até novembro, quando sofreram uma queda considerável na comparação com o mesmo mês do ano passado – o montante de exportações caiu 24,9%, passando de US$ 62,28 milhões para US$ 47,06 milhões no mês. Dezembro oferecia uma possibilidade de recuperar as perdas, o que não aconteceu: as exportações no mês registraram uma queda de 0,3%, passando de US$ 52,87 milhões para US$ 52,702 milhões.
Anselmo Ramos entende que os efeitos das reformas previdenciária, trabalhista, administrativa e tributária, aliadas ao Acordo de Facilitação do Comércio, se refletirão na redução de custos e acesso a novos mercados dos produtos manufaturados Made In Brazil. (Com informações do OCP News)