O uso de robôs não representa riscos a empregos formais ou implica na desativação de postos de trabalho em massa. A afirmação é do especialista em Inteligência Artificial Henrique Bilbao, CEO e fundador da empresa blumenauense HiMaker, ao falar sobre o assunto na plenária ACIJS-APEVI na segunda-feira (21).
Formado em Ciências da Computação, Henrique desenvolveu o robô virtual Elly, que utiliza as ferramentas de inteligência artificial do Watson, da IBM. Segundo ele, a aceitação de sistemas autômatos vem crescendo em vários setores da economia e estudos indicam que até 2020 mais de 85% da relação entre empresas e consumidores se dará por meio de recursos de Inteligência Artificial.
“Há indicadores de substituição de 5 milhões de empregos nos próximos anos em funções que poderão se desempenhadas por robôs, mas isto não quer dizer que as pessoas ficarão desempregadas. O que vai acontecer é que estes trabalhadores poderão se dedicar a atividades mais importantes para as empresas, precisarão se atualizar, mas isto não significa desemprego”, diz o empresário.
Mesmo com o incremento do uso de robôs, lembra Henrique Bilbao, será preciso profissionais para o treinamento dos equipamentos, uma vez que um robô apenas repete o que está programado. “O robô depende sempre das informações que recebe. A diferença é que ele aprende uma única vez e não esquece nunca o que está na sua programação”.
As vantagens dos sistemas de inteligência artificial estão concentradas basicamente na eliminação de atividades repetitivas que desgastam o trabalhador, a redução de custos burocráticos, otimizando assim tempo e recursos das empresas.
Há ganhos com o fluxo automático das informações, permitindo que as organizações tenham um canal único de conversação com seus clientes, evitando desgastes comuns no relacionamento tradicional e com isto os funcionários podem se concentrar em atividades mais rentáveis às empresas, que ganham mais escala e se tornam mais competitivas no mercado.