A direção do Hospital São José apresentou na plenária semanal da ACIJS e APEVI, no dia 7, relatório com um balanço da gestão no período 2016-2017. Mantida pela Associação Hospitalar São José, criada para dar a sustentabilidade administrativa e financeira da instituição após o término da parceria firmada em 2004 entre a ACIJS e a então mantenedora Sociedade Divina Providência, a entidade vem alcançando resultados positivos na gestão compartilhada.
O presidente do Conselho Deliberativo, Paulo César Chiodini, disse que a participação da ACIJS tem sido fundamental no sentido de motivar a comunidade quanto à melhoria da estrutura do hospital, fundado há mais de 80 anos. O empresário lembrou que o hospital de caráter filantrópico hoje oferece mais de 80 por cento dos seus atendimentos a usuários do Sistema Único de Saúde e à assistência social.
O envolvimento da ACIJS, de maneira mais direta, teve início em 2004 quando a Sociedade Divina Providência, alegando dificuldades para a manutenção do hospital, buscou apoio à continuidade dos serviços. Desde então, um projeto de recuperação econômica, modernização de equipamentos e humanização do atendimento foi colocado em prática, tornando o hospital referência em diversas especializações.
“Com a finalização do Plano Diretor em 2016 o hospital alcançou aqueles resultados que haviam sido traçados em 2004 quando a parceria foi firmada e a ACIJS passou a estar representação na gestão plena do ‘São José’, uma participação muito importante para que chegássemos aonde estamos. Mas isto não pode parar, pois o hospital precisa sempre da cooperação de todos”, ressalta Chiodini.
O relatório de diretoria mostra que o hospital recebeu investimentos de R$ 79,5 milhões como resultado do Plano Diretor (2004-2016), dos quais R$ 33 milhões de doações de empresas, R$ 25 milhões do Governo do Estado, R$ 10,5 milhões de recursos próprios, R$ 6 milhões de emendas parlamentares e R$ 5 milhões da Prefeitura de Jaraguá do Sul.
Em 2017, novos investimentos na ordem de R$ 2,5 milhões foram realizados, sendo R$ 900 mil doados por empresários, R$ 300 mil em recursos estaduais, R$ 950 mil de emendas federais e R$ 518 mil de recursos próprios. O hospital conta com uma área construída de 21,5 mil metros quadrados e 306 leitos e 11 salas para cirurgias, sendo que do total de leitos 222 estão em pleno funcionamento para internação e UTIs, e os demais sendo equipados de acordo com a demanda.
No último ano foram prestados 163 mil atendimentos, contra 153 mil no ano anterior, com uma ocupação média de 78% em 2017 frente a 75% em 2016. Dos atendimentos, em 2017 foram 124 mil através do SUS, 33 mil por convênios e 6.200 a particulares, contra 120 mil, 27,5 mil e 5.500, respectivamente, em 2016. No Pronto Socorro o total de atendimentos em 2017 somou 78.500 registros, 12 mil cirurgias realizadas e 10.600 internações.
Paulo Chiodini destacou como uma das dificuldades a defasagem da tabela do SUS, que cobre apenas 65 por cento dos custos de procedimentos com os pacientes atendidos pelo Sistema Único. Como reflexo, desde 2016 o hospital tem um crédito por atendimento extra teto (realizado e sem remuneração pelo governo) da ordem R$ 13,4 milhões, sem previsão de recebimento.
“Esta instabilidade gerada pelo baixo investimento do poder público na saúde impõe um grande desafio à sustentabilidade de hospitais filantrópicos, por isto temos focado na inovação e na eficiência da gestão financeira”, assinala. Para alcançar resultados ainda melhores no custeio, a direção implantou um portal de compras que vem proporcionando economia de 15% na aquisição de medicamentos e materiais.
Quer saber mais detalhes? Acesse o relatório de prestação de contas do Hospital São José.