Especialistas avaliam cenários e as perspectivas econômicas ao País
O anúncio de tarifas mais elevadas para as exportações do Brasil aos Estados Unidos trouxe apreensão principalmente a empresas que comercializam com o mercado norte americano, mas reações também preocupam outros setores devido aos reflexos como a elevação da taxa de juros, desvalorização cambial e outros efeitos na economia.
A leitura do cenário atual e futuro, e as incertezas que cercam a postura do País frente aos desafios para que as empresas brasileiras se mantenham no jogo do mercado global, foi tema do Encontro Empresarial ACIJS no dia 12, em parceria com o Sicredi.
Para falar sobre as perspectivas econômicas participaram do evento, realizado no Centro Empresarial de Jaraguá do Sul, Alexandre Englert Barbosa, diretor executivo de Estratégia, Sustentabilidade, Administração e Finanças do Sicredi, e o gerente de análises econômicas da instituição, André Nunes e Nunes.
>>> Confira no álbum de imagens momentos do Encontro Empresarial ACIJS, em parceria com o Sicredi
[Fotos de Caroline Stinghen/ACIJS]




Para os dois especialistas, o cenário internacional tem sido fonte de imprevisibilidades causadas por movimentações nos últimos anos, da pandemia ao conflito entre Rússia e Ucrânia, e aos sistemáticos anúncios de taxações por parte dos Estados e, mais pontualmente, o acirramento das relações econômicas com o Brasil por parte do governo de Donald Trump.
“A elevação das tarifas de exportação tem exacerbado este movimento do mercado porque faz aumentar os custos para as empresas, reduz a eficiência e deteriorando as expectativas de crescimento global”, avalia Nunes e Nunes. Segundo ele, as projeções de crescimento apuradas por instituições e análise econômica indicam que serão subtraídas 0,5% do crescimento global nos próximos dois anos. Isto significa deixar de gerar no mercado consumidor cerca de 600 bilhões de dólares. “Quando a economia cresce menos, demanda menos insumos, diminui a taxa de investimentos, gera menos empregos e o consumo baixa”.
“Diante de cenários com maior volatividade, como este, é preciso ter liquidez, governança, agilidade e eficiência”, acrescenta Alexandre Barbosa. A maior capacidade de liquidez facilita as empresas em movimentações mais rápidas na busca por alternativas, e com a boa governança uma tomada de decisão ágil para evitar impactos maiores nos negócios. “Santa Catarina é um estado com uma economia diversificada, que vem crescendo acima da média nacional. Isto faz diferença em momentos de volatividade como o que estamos vendo”, assinala.
André Nunes e Nunes comenta ainda sobre a política fiscal do governo, que segundo ele tem contaminado as taxas de juros de longo prazo. “Todas as incertezas quanto ao funcionamento das finanças públicas e com o tamanho da dívida pública, tem feito com que as taxas de juros fiquem mais elevadas. Isto acaba diminuindo o horizonte de empresários, faz com que se tenha menos visibilidade sobre como será o futuro, o que impacta na decisão de investimentos”.

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