O risco de uma nova crise global em função de problemas com instituições financeiras internacionais e os reflexos de um primeiro trimestre nos governos estadual e federal, e como isto pode impactar nas tomadas de decisão na política e na economia de Santa Catarina e do Brasil.
Este deve ser o tom de painel que abre a agenda de Encontros Empresariais da ACIJS, nesta segunda-feira (20). Primeira agenda presencial do ano, o evento vai contar com as participações do economista-chefe da FIESC Pablo Bittencourt, e do jornalista Upiara Boschi, analista político com atuação na imprensa catarinense. A mediação será da presidente da ACIJS e do Centro Empresarial de Jaraguá do Sul, Ana Clara Franzner Chiodini.
O evento ocorre às 19 horas, no Centro Empresarial de Jaraguá do Sul – CEJAS, e tem caráter solidário. Inscrições podem ser feitas acessando https://bit.ly/3J7CDl0, mediante a doação de 1 quilo de alimento não perecível, que deve ser entregue no dia do evento. Os donativos serão repassados à Secretaria de Assistência Social e Habitação de Jaraguá do Sul.
O evento é realizado em parceria da ACIJS e FIESC, com apoio da Levmed e SicoobCejasCred.
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Telefone (47) 98835-1316
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Mercado mantém olhar de atenção à risco de crise financeira
Na semana passada, ao comentar sobre eventuais desdobramentos após a repercussão da crise em instituições internacionais do sistema financeiro, Pablo Bittencourt disse que o agravamento da situação, e possíveis impactos no Brasil e no mundo dependerá das ações que forem tomadas. Um dos reflexos, contudo, pode ser a elevação das taxas de juros e o combate à inflação, como é o caso do Brasil.
A situação global, a partir da crise no banco Credit Suisse, divulgada no dia 15, vem sendo monitorada pela equipe econômica, avaliando desdobramentos que podem afetar com menor ou maior intensidade o mercado financeiro de todo o planeta. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, avaliam possíveis impactos sobre o Brasil depois que a instituição financeira suíça revelou ter identificado “debilidades significativas” em seus procedimentos de contabilidade e de controle nos últimos dois anos, o que levou à queda das ações. Segundo as agências de notícias, as bolsas europeias tiveram o pior dia em um ano.
As turbulências no Credit Suisse ocorreram dias após dois bancos da Califórnia, ligados a startups do setor tecnológico falirem, o que tem gerado instabilidade no mercado financeiro desde o fim da semana passada.
Segundo Pablo, situações como a que envolve instituições financeiras renomadas, como é o caso do centenário banco, podem deflagrar uma crise sistêmica capaz de impactar no volume de investimentos, afetando mercados com economias emergentes como o Brasil. O especialista assinala que as ações da instituição despencaram na Bolsa de Nova Iorque na quarta, chegando ao patamar de 60% e afetando bolsas em outros países.
“Isto faz com que investidores passem a olhar com mais atenção para os balanços dos bancos”, observa o economista da FIESC. Um dos efeitos é a migração de depositantes para outros bancos, principalmente devido às repercussões nas redes sociais e as especulações quanto à capacidade destas instituições em manter seus pagamentos e honrar depósitos. (Com informações da Agência Brasil)