Cenário externo deve se manter favorável a Jaraguá do Sul, avalia ACIJS
O desempenho de Jaraguá do Sul no comércio internacional deve se manter positivo graças a fatores que influenciam o bom desempenho de exportações. Conforme o portal OCP News, Jaraguá do Sul encerrou o mês de julho com o melhor resultado para o mês e para os sete primeiros meses do ano de toda a série histórica, segundo dados do observatório Fiesc e do portal Comex Vis, do Ministério da Economia.
De acordo com o levantamento, julho foi o mês em que o município mais exportou, tendo como parâmetro a comparação com o mês de julho de 2021. O volume de exportações de julho em isolado soma US$ 97,9 milhões alcançados por Jaraguá do Sul nas exportações de produtos. Em julho do ano passado, foram US$ 62,8 milhões, com 56% de aumento, e a balança comercial chegando a US$ 35 milhões.
No acumulado dos sete primeiros meses, foram US$ 578,98 milhões – 66,7% acima do mesmo período do ano passado, de US$ 347 milhões. O total é mais de US$ 100 milhões a mais que o melhor ano da série histórica, 2014, que somou US$ 464 milhões no mesmo mês.
De acordo com o levantamento, os bens de capital – primariamente representados por motores elétricos – seguem liderando a balança. Sozinhos, os motores elétricos respondem por 73% de todas as exportações (US$ 424 milhões). O maquinário pesado como um todo responde por 91% das exportações (US$ 525 milhões), seguido ao longe por vestuário (3,5%, ou US$ 20,2 milhões) e tintas e produtos químicos (1,7%, ou US$ 9,68 milhões). O principal país importador dos produtos jaraguaenses continua sendo os Estados Unidos.
Além de vender mais, em julho os indicadores mostram que o município importou US$ 61,9 milhões, também recorde histórico, com destaque principalmente a produtos como aços laminados planos, conexão de circuitos elétricos, polímeros de propileno e ferro laminado.
Indústrias da região oferecem valor agregado ao mercado global
Ana Clara Franzner Chiodini, presidente da Associação Emprresarial de Jaraguá do Sul (Acijs) e do Centro Empresarial, atribui o bom desempenho das indústrias da região ao alto valor agregado em itens de qualidade que despertam interesse de mercados em vários países de diferentes continentes. “O bom desempenho reflete características de nossas indústrias, que são inovadoras e se tornam eficientes, se alinhando às exigências de mercados mais competitivos”, observa Ana Clara.
A empresária diz que o perfil industrial da região favorece clientes externos nas suas demandas por produtos de qualidade e que gerem competitividade. Não por acaso, cita, Jaraguá tem o terceiro maior PIB industrial de Santa Catarina, com empresas focadas não somente em relação ao mercado interno, mas preparadas para o comércio internacional.
“Essa característica leva a patamares positivos que devem se manter elevados nos próximos meses, graças também à estabilidade do câmbio e com o real mais competitivo em relação ao dólar e ao quadro de inflação norte-americano”, completa.

Empregabilidade também é favorável a SC
O vice-presidente da Fiesc na região do Vale do Itapocu, Célio Bayer, também avalia com otimismo o desempenho do setor empresarial com as exportações. Segundo ele, embora a região concentre empresas que são referência no comércio internacional, alguns fatores acabaram influenciando a balança de exportações nos últimos meses, não chegando a causar maiores surpresas.
Ele aponta, entre esses fatores, o câmbio favorável à moeda brasileira frente ao dólar, que é a principal referência dos negócios internacionais, aliada à inflação nos EUA e ao conceito de qualidade do produto brasileiro, especialmente quando se trata da indústria de Jaraguá do Sul e região.
Na mesma linha de raciocínio, o diretor de Desenvolvimento Econômico e Inovação da Prefeitura, Thiago Sarmanho, acredita que a elevação nos valores de exportação se deve, provavelmente, à retomada da economia, bem como ao aumento da inflação e alta do dólar.
Célio Bayer assinala ainda o volume de importação, no setor de aços laminados e de eletroeletrônicos, por conta da retomada da produção brasileira depois do período de pandemia. “A lamentar, apenas, que um país produtor de minério de ferro como é o nosso caso, ainda tenha de importar aço laminado, um setor primário essencial para mantermos uma elevada competitividade. Do mesmo modo, ainda importamos polímeros, um material da indústria têxtil, e cada vez mais precisamos de investimentos que permitam maior auto suficiência de matérias primas”, assinala.
Ele cita também a elevação do número de empregos e a menor taxa de desempregados no Estado como fatores que demonstram o crescimento da economia de Santa Catarina. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) Trimestral, divulgada pelo IBGE, mostram que a taxa de desocupação apresentou queda em 22 estados no segundo trimestre refletindo a redução do índice nacional de 11,1% para 9,3% no período. Nas grandes regiões, houve redução da taxa, com o Nordeste registrando a maior taxa de desocupação: 12,7%. A região também abriga os três estados com maior índice de desemprego: Bahia (15,5%), Pernambuco (13,6%) e Sergipe (12,7%). Já as menores taxas foram em Santa Catarina (3,9%), no Mato Grosso (4,4%) e no Mato Grosso do Sul (5,2%). Registraram estabilidade o Distrito Federal, o Amapá, o Ceará, o Mato Grosso e Rondônia. A PNAD Contínua mostra que, entre abril e junho, 73,3% dos empregados do setor privado tiveram a carteira assinada, destaque para Santa Catarina (87,4%), São Paulo (81%) e Paraná (80,9%). Na parte debaixo do ranking ficaram Piauí (46,6%), Maranhão (47,8%) e Pará (51,0%).

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