O Ministério da Justiça e Segurança Pública lançou no dia 11 uma campanha para ajudar as pessoas a identificarem tentativas de golpes virtuais por meio do uso indevido de dados pessoais de consumidores.
Com o slogan “Proteja seus dados. Não compartilhe”, a campanha será feita de forma online, por meio das redes sociais do ministério, alertando consumidores sobre golpes que são aplicados em ambientes virtuais. A previsão é de que ela dure 30 dias.
De janeiro a julho deste ano, o número de consumidores que tiveram dados pessoais ou financeiros consultados, coletados, publicados ou repassados sem autorização mais que dobrou em relação ao mesmo período do ano passado, segundo o Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec) e a plataforma consumidor.gov.br.
“Foram 47.413 reclamações em 2021, enquanto em 2020 foram 21.310. O número do primeiro semestre deste ano, inclusive, já supera o total de registros em 2020, que foi de 44.750”, informou o ministério, em nota. A campanha tem o apoio da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD).
Confira situações comuns de golpes
- Um dos golpes mais frequentes é do WhatsApp clonado;
- É muito comum também a criação de contas falsas em redes sociais, inclusive com clonagem de estabelecimentos, hoteis e lojas virtuais. Essas páginas “fake” são utilizadas para a captação de dados pessoais e bancários de consumidores;
- Outro golpe comum envolve FGTS, supostos cadastros para o Auxílio Emergencial e mensagens relacionadas ao agendamento de vacinas, por exemplo;
- Também ocorrem golpes por meio de “Spywares” que são “softwares espiões” baixados de aplicativos desconhecidos ou por meio de links enviados, que se apropriam dos dados de consumidores.
Recomendação é redobrar cuidados
A recomendação dos especialistas é de que sempre que for realizar uma compra ou contratar um serviço pela internet o consumidor deve buscar avaliar a procedência da empresa. O consumidor não deve clicar em links inseguros. Além disso, o consumidor deve ficar atento aos certificados de segurança e só deve dar informações pessoais como endereço, CPF e dados de cartão de crédito quando tiver certeza que a empresa existe e que o site é seguro. Pesquisar o nome da empresa na internet pode ajudar a descobrir se é confiável a partir da experiência de outros consumidores. O consumidor.gov.br possui as maiores empresas e fornecedores de produtos e serviços do Brasil, por exemplo.
O consumidor também deve suspeitar de promoções ou ofertas incompatíveis com a realidade, com preços e condições “boas demais para ser verdade”. Também é importante que o consumidor não clique em links desconhecidos. Outra dica importante é lembrar que informações sobre FGTS e vacinas, por exemplo, não costumam ser enviadas pelas autoridades públicas. Sempre que receber algo nesse sentido, desconfie e busque se informar antes de clicar. Se o consumidor não estiver fazendo uma compra, por exemplo, não há razão para o fornecimento de dados como conta bancária e números do cartão de crédito. Isto evita que outras fraudes financeiras ocorram por meio desses dados compartilhados sem necessidade.
Dados pessoais devem ser sempre preservados
Em resumo, reforçam as autoridades, ao navegar e ao fazer compras na Internet o consumidor precisa ser cuidadoso e estar atento aos possíveis golpes. Ao compreender os riscos, o consumidor evita fornecer dados pessoais em sites desconhecidos protegendo-se de outras fraudes. Também é muito importante não clicar em quaisquer links enviados, manter atualizado softwares de antivírus, utilizar navegadores confiáveis e avaliar os certificados digitais. Por fim, desconfie de ofertas incompatíveis com a realidade e sempre verifique a reputação das empresas em sites de busca. Na dúvida, não compartilhe os seus dados! (Fonte: Agência Brasil]