SC quer ser protagonista na rota da mobilidade elétrica e descarbonização no Brasil
Tema que tem feito parte da agenda da ACIJS, a mobilidade elétrica pode tornar Santa Catarina referência em projetos de descarbonização no Brasil. A entidade vem sendo parceira no debate de iniciativas que envolvam projetos de sustentabilidade ambiental e articulando esforços com o poder público para que a região da Amvali seja integrada à rota da eletrificação veicular, mas também como um polo de produção e na expansão dos sistemas de transportes que utilizem fontes renováveis de energia.
Uma das iniciativas lançadas recentemente, o Programa SC+Elétrica pode estimular novos investimentos no estado. O assunto foi tema de encontro na FIESC, com o detalhamento de ações de protagonismo no desenvolvimento e produção tecnológica aplicada à eletro-mobilidade.
“Se tem alguém que pode liderar isso na América Latina é o Brasil e dentro do Brasil é Santa Catarina”, disse o presidente da Câmara de Smart Cities da Federação das Indústrias (FIESC), Jean Vogel, que abordou o tema em reunião de diretoria da entidade, junto com o diretor de relações públicas e governamentais da GM, Adriano Barros, e Daniel Godinho, diretor de relações institucionais da WEG. O presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, destaca que “o setor de eletrificação no Brasil precisa se desenvolver. É tendência no mundo e está em evolução. Temos que participar e ser um estado protagonista”, lembrando que a FIESC tem uma série de ações na área, citando o Instituto da Indústria Eggon João da Silva, em Jaraguá do Sul, com foco em mobilidade elétrica.
Adriano Barros, disse que a GM anunciou um investimento em eletrificação de US$ 35 bilhões no mundo até 2025. “Não quero que a gente seja mero importador dessa tecnologia. Acredito que podemos ser, de fato, desenvolvedor, produtor e exportador”, disse, ressaltando que o veículo elétrico ainda é caro, mas há pesquisas que mostram perspectiva de queda de 57% no custo das baterias até 2030. “Quando tivermos essa queda, o preço do veículo vai cair. Hoje, a bateria corresponde a cerca de 60% do custo do carro”, explicou, observando que esse é o momento de ingressar nesse mercado para aproveitar as oportunidades.
Quando se fala em carro elétrico, uma das principais dúvidas é o descarte das baterias. Daniel Godinho explicou que a segunda vida da bateria já está equacionada. “Ela será utilizada em sistemas de armazenamento de energia de fontes intermitentes, como a eólica e a solar. “Como não é toda hora que tem sol ou vento, é necessário ter esse sistema de armazenamento com bateria para garantir a segurança na transmissão dessa energia. Então essa é uma solução que está crescendo muito no Brasil e no mundo”, informou.
Godinho disse ainda que a companhia entende que a mobilidade elétrica é, de fato, uma grande oportunidade tecnológica e de mercado para o Brasil. “Não podemos deixar de apoiar uma nova rota tecnológica e por que não ser um dos protagonistas nessa frente?”, indagou, observando que a empresa anunciou, recentemente, investimento de R$ 660 milhões para a ampliação de capacidade fabril em Santa Catarina, inclusive com a construção de uma fábrica para a produção de motores para a mobilidade elétrica. Ele também preside a Câmara de Desenvolvimento da Indústria de Máquinas e Equipamentos Elétricos da FIESC.
Na reunião, também foram apresentadas as linhas gerais de quatro projetos-pilotos que estão previstos para serem executados em Florianópolis, Balneário Camboriú, Joinville e Jaraguá do Sul para estimular a mobilidade elétrica.
Sobre o SC + Elétrica
Instituído em agosto, o programa SC+Elétrica tem como objetivo incentivar a utilização da energia elétrica aplicada à mobilidade. Vinculado à Fapesc – Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina), o programa tem entre suas finalidades o desenvolvimento de inovações, conhecimentos, pesquisas tecnologias e a indústria local. Além de atrair investimentos para a economia catarinense, o SC+Elétrica tem como meta contribuir para a redução da emissão do CO2 na atmosfera, contribuindo para o desenvolvimento sustentável do Estado.
O decreto define ainda que o programa tem como principais diretrizes o estímulo à “produção de conhecimento, desde a ciência básica até a inovação, ativando o ecossistema de Ciência, Tecnologia e Inovação (CTI) em academias, centros, institutos e parques científicos, tecnológicos e de inovação e pesquisa”.
O texto destaca que os projetos e investimentos a serem efetuados serão selecionados por meio de parcerias nacionais e internacionais, programas e chamadas públicas, através de ampla publicidade e observados os requisitos exigidos pela legislação específica em vigor. (Com informações da FIESC e Portal ND+)
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