É muito mais fácil para qualquer negócio dar certo quando há sinergia entre o que se planeja e o que o mercado deseja de uma empresa. Para alcançar sucesso, empreendimentos de qualquer tamanho ou segmento devem considerar o planejamento estratégico como uma ferramenta de execução no médio e longo prazos, que conte com o envolvimento de pessoas e o acompanhamento da gestão, mensurando etapas, metas alcançadas e projetando os próximos passos.
As recomendações foram compartilhadas pelo empresário Francisco Tavares Junior, ao abordar o tema “Planejamento Estratégico nas Empresas como Instrumento que pode contribuir para o alcance das metas”, no Encontro Empresarial da ACIJS, no dia 19. Presidente do Conselho da Belluno, conselheiro de empresas certificado pelo IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, e vice-presidente de Articulação Institucional da ACIJS, o empresário detalhou como as organizações podem ser mais competitivas por meio de processos assertivos. O bom planejamento, explica, auxilia as empresas a se prepararem, olhando para aonde querem ir no mercado, que desafios podem encontrar e como superá-los.
“É um processo que faz o negócio crescer e gerar valor, permitindo que a empresa cresça com sustentabilidade. Com um bom planejamento, o empresário define suas metas e o que deve ser feito para que elas sejam vencidas”, assinala, ressaltando a importância do planejamento estar alinhado com a missão, valores e propósitos do empreendimento.
Embora seja uma prática comum em empresas de grande porte, com estruturas administrativas e financeiras consolidadas, Francisco pondera que o planejamento pode ser aplicado a qualquer porte de negócio. Ainda assim, observa, apenas 10% das empresas médias no Brasil contam com um planejamento de longo prazo; destas, 44% pensam em crescer de maneira tímida, 20% encolhem em termos de expansão do negócio, outras 20% não possuem sistemas de gestão adequados, e 62% possuem modelo de gestão não eficazes; do total somente 9,5% possuem ações de governança.
Francisco ressalta que o planejamento não segue um padrão único, cada negócio tem uma proposta diferente. Por isto, na elaboração de uma estratégia é preciso seguir alguns passos, construindo conceitualmente o que se planeja realizar, qual sentido deste planejamento e como ele deve ser executado.
Neste processo, é fundamental avaliar as tendências futuras de mercado, estabelecer um conjunto de competências e que proposta de valor é desejada para cada cliente, seguindo com a revisão de vetores de crescimento. Este planejamento deve ser revisto periodicamente e contar com um comitê formado por representantes dos diferentes setores da empresa, para acompanhamento e correção de rotas, submetendo o que foi traçado a um conselho da alta gestão. Uma etapa importante, indica, é tornar o planejamento conhecido de todos na organização. “De nada adianta um planejamento estratégico que ninguém conhece. É preciso envolver a equipe para uma construção conjunta’.
Por fim, a recomendação do empresário é de que não se deve pensar em planejamento estratégico somete quando o negócio não estiver indo bem, ao contrário, o bom desempenho no mercado oferece possibilidades para um crescimento mais consistente e duradouro. “O planejamento define um norte para a empresa, deve ser pensado no médio e longo prazo, acompanhando a evolução do mercado e se antecipando ao que virá pela frente”.
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Fotos de Caroline Stinghen
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