Questões como conflitos de gerações, diversidade social, de gênero, cultura e de raça, e o impacto das novas tecnologias estarão cada vez mais presentes no dia a dia das organizações, exigindo preparo e flexibilidade dos gestores. A avaliação é de especialistas da consultoria internacional Page Group, durante palestra sobre o tema “Capital humano e tendências no mercado de trabalho” no Encontro Empresarial da ACIJS, nesta segunda-feira (30), no Centro Empresarial de Jaraguá do Sul.
Humberto Wahrhaftig e Thiago Gaudêncio atuam na unidade brasileira da companhia, fundada na Inglaterra em 1976 e com atuação no Brasil e em outros 36 países, com mais de 8 mil colaboradores. Especializada em recrutamento de executivos para a média e alta gerências, a Page Group já efetuou mais de 52 mil contratações no Brasil, realizando pesquisas que mostram cenários que indicam estratégias e ressaltam a importância cada vez mais do capital humano na gestão corporativa.
Dentre os pontos analisados está a transformação digital que, na avaliação dos dois especialistas, ocupa destaque nas avaliações de cenários. “Todos estamos sujeitos cada vez mais às influências da tecnologia, é um fator que interfere diretamente nas decisões das empresas”, ressalta Humberto. Neste sentido, ele reforça a importância das estruturas de recursos humanos serem valorizadas. “Quando falamos de transformação digital, estamos tratando de choque de gerações, e neste sentido as áreas responsáveis pela gestão de pessoas são cada vez mais estratégicas”, completa Thiago.
Outro elemento importante está relacionado com a composição de conselhos e de comitês executivos nas empresas. A diversidade vem ocupando destaque nas preocupações, considerando um fator relevante ao desempenho das organizações. Pesquisas mostram que nas contratações de analistas e coordenadores 55% dos cargos são destinados e homens e 45% a mulheres, nas funções de gerência a proporção é de 64% para o sexo masculino e de 36% para o feminino e nos conselhos este indicador é de 85% para homens e de 15% para mulheres.
“O papel das empresas de recrutamento e do RH é chave”, atesta Humberto. Lembrando que diversidade não é só gênero, mas envolve questões como raça, origem socioeconômica, regional, entre outras.
Além disso, as pesquisas também mostram que em 2020, a chamada geração de millenials (nascidos a partir da década de 1980, já sob a forte influência da internet) representarão 50% da força de trabalho global em todo o mundo. Estes estudos indicam que 3 pontos são valorizados por essa geração: propósito da organização, o entendimento do valor da função e a necessidade de uma comunicação frequente e aberta.
Assim, na avaliação dos especialistas, as organizações precisam estar envolvidas com a evolução tecnológica e com a comunicação com seus colaboradores. Hoje, 62% dos millennials empregados desempenham funções de liderança, número que na China chega a 90%. É uma geração mais cobrada e avaliada academicamente e engajada em temas como clima, ambiente e diversidade, o que traz alguns impactos no ambiente de trabalho, como práticas de trabalho mais flexíveis, estruturas corporativas menos rígidas, identificação de propósito no que desempenham, progresso rápido para posições gerenciais, entre outros pontos.
>>> Confira a palestra na íntegra acessando https://youtu.be/Ir04mmYNMSM