Notícias 06 jun, 23

Comitê que será formado por empresas e instituições ligadas ao ensino e pesquisa vai estudar normas e protocolos do segmento automotivo veicular

Normatização e qualificação do mercado para veículos elétricos é desafio do setor, avaliam especialistas

Ações de governo como a definição de normas de segurança e regulamentos de certificação de acordo com a legislação de trânsito, preparação de mão de obra no setor de reparação automotiva e a capacitação de bombeiros e profissionais de atendimento a sinistros com eletricidade, além de infraestrutura com estações de recarga, são desafios para a expansão do segmento de veículos elétricos no Brasil.

Estes e outros aspectos que envolvem a eletromobilidade foram destacados em painel que reuniu especialistas no assunto, na noite de segunda-feira (5), no Centro Empresarial de Jaraguá do Sul. O evento foi uma iniciativa dos Núcleos de Concessionárias de Veículos, de Automecânicas e de Segurança e Saúde no Trabalho, da ACIJS, e abordou questões como procedimentos de segurança, inovação e tendências do mercado de carros elétricos.

Conforme Odair Borges de Freitas, empresário e diretor da ABF Bosch Service, empresa de Jaraguá com especialização em veículos elétricos e híbridos, e membro do Núcleo de Automecânicas da ACIJS, o 1º Painel “Impactos do Carro Elétrico na Segurança, Inovação e Mercado” acontece em momento oportuno, diante da expansão que é projetada globalmente quando se fala em veículos sem emissão de carbono. Ele acredita que a complexidade do tema, deve contar cada mais com o envolvimento de empresas, poder público, entidades e comunidade, para que o setor se prepare para uma mudança que é irreversível nos modais de transporte individual e coletivo.

>>> Confira nas imagens momentos do painel no Centro Empresarial – fotos CAROLINE STINGHEN

Comitê para estudar normas do segmento e protocolos de segurança

Uma das metas para ampliar o debate em Jaraguá e região, afirma, será a criação de um comitê estratégico para mensurar todos os impactos da eletromobilidade em nível local. “Nossa intenção é por meio de um Grupo de Trabalho com a participação da indústria, dos Núcleos Empresariais da ACIJS, instituições de ensino e de pesquisa que já se dedicam ao assunto, concessionárias, oficinas de reparação, do Corpo de Bombeiros e de órgãos que atuam em ocorrências de trânsito para estudarmos em conjunto as normas e procedimentos, e com isso estabelecer protocolos que tragam maior confiabilidade e segurança não só aos usuários de veículos elétricos, mas a toda a comunidade”, pondera Odair.

Mediador do painel, o empresário entende que a preocupação com os parâmetros que envolvem o assunto ficou evidente com a realização do evento, que deverá ter novas edições. Opinião compartilhada pelos participantes, que destacaram a transição entre os modelos movidos por combustão e veículos por tração elétrica, diante das metas de descarbonização impostas no pacto global pelo meio ambiente.

“Não existe uma virada de chave imediata entre os tipos de motores, é uma mudança que passa pela transição que requer pesquisa, testes, dependendo do tipo de veículo, com características diferentes de acordo com o trajeto a ser percorrido e a capacidade de autonomia da bateria”, explicou Alex S. Barbosa Passos, gerente de Engenharia de Powertrain Elétrico na WEG.

Ele falou sobre a atuação da empresa desde 2001 com as primeiras investidas para o desenvolvimento de componentes e motores para aplicação em veículos com o uso de energias renováveis. “O grande desafio é dimensionar qual a autonomia da bateria, que varia para um caminhão ou ônibus, de um veículo menor”, observa. Neste período, a empresa já vem fornecendo a tecnologia para veículos de transporte público, de transportes, em diversas regiões do País, e soluções aplicadas em parceria com a indústria automotiva.

Diego Zaninotto, diretor do Grupo Uvel e membro do Núcleo de Concessionárias da ACIJS, também descarta uma ruptura imediata entre modelos convencionais e os de tecnologia mais avançada. Segundo ele, está havendo uma mudança, mas de forma gradativa, o traz a necessidade de preparação como é o caso da legislação para que as cidades se preparem para receber o maior volume de veículos elétricos.

“Haverá com certeza impactos no mercado, seja com a venda de veículos, de componentes e serviços de manutenção, mas é um desenvolvimento cadenciado que varia de acordo com as características culturais e do que cada país tem como necessidades ambientais e de legislações, ou das estratégias das montadoras, o que pode ser diferente dependendo de cada região”, afirma.

Diego cita números que apontam que mesmo em regiões mais desenvolvidas, a transição de modelos ainda não segue uma lógica de ruptura imediata: enquanto na China, 22% dos modelos de veículos vendidos em 2022 são elétricos, na Europa o indicador chega a 17%, nos EUA é de 6% e no Brasil apenas 0,5%. Outro aspecto é quanto a infraestrutura de abastecimento dos veículos, que demanda investimentos em postos e locais de recarga em rodovias e nas cidades.

A regulação do setor, para os painelistas, é um dos pontos importantes a se observar, principalmente em relação à manutenção e às questões de segurança. Frederico Bastos, técnico especialista em Diagnose e Instrumentação Eletrônica, destaca outro aspecto importante do negócio da cadeia da indústria automotiva, com uma mudança no perfil do profissional, que passa a depender muito mais do seu conhecimento de componentes elétricos do que de mecânica hidráulica, onde o uso de ferramentas convencionais praticamente inexiste.

Segundo ele, é necessário que se tenha normativas e protocolos específicos para o setor, que inclua não só a reparação veicular como de orientação em casos de riscos com acidentes ou nos atendimentos a acidentes de trânsito que envolve não apenas equipamentos, mas também de materiais isolantes e de proteção individual como luvas, capacetes e roupas usadas por bombeiros e profissionais que atendem estas ocorrências e nos sinistros com fogo gerado no veículo. Frederico destaca o trabalho das escolas que formam profissionais, como o SENAI, e citou a estrutura do Instituto de Tecnologia Eggon João da Silva, mantido pela FIESC e dedicado a eletromobilidade e energias renováveis, que visitou durante no período da tarde, como um estado avançado de qualificação para o novo mercado automotivo. 

Exposição

Além do painel no auditório do CEJAS, empresas ligadas ao Núcleo de Concessionárias de Veículos ACIJS apresentaram modelos já disponíveis no mercado



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