Empresas de reconhecido destaque na região, que alcançaram projeção nos mercados nacional e internacional mesclando criatividade, inovação e ousadia, apresentaram suas estratégias em painel organizado pelo Núcleo de Marketing e Comunicação ACIJS.
O evento, no Centro Empresarial de Jaraguá do Sul, reuniu profissionais de áreas diretamente envolvidas com o planejamento e execução do marketing voltado ao desenvolvimento de produtos e serviços. Nas palestras, as empresas Menegotti, Sipar Ferramentas e WEG, apresentaram cases mostrando como a busca de diferenciais contribuem para consolidar negócios bem-sucedidos, reposicionamentos e crescimento em participação em seus segmentos de atuação.
Pauline Menegotti Horn, CEO do Grupo Menegotti, falou sobre os desafios de dar continuidade a uma empresa familiar de tradição em um setor de forte competitividade, como é o da indústria da construção civil, de máquinas e equipamentos.
Representando a quarta geração à frente da empresa de 82 anos de existência, Pauline responde desde 2015 pela presidência da companhia, além de se dedicar voluntariamente ao movimento do associativismo empresarial como vice-presidente de Empreendedorismo e Inovação na atual diretoria da ACIJS e na vice-presidência para a região Nordeste do Movimento Catarinense pela Excelência, junto com a atuação na comunidade.
Assumindo aos 29 anos de idade, como primeira mulher respondendo pela presidência do grupo fundado pelo bisavô, ela diz que a superação de adversidades impostas por crises na economia no País e os reflexos de crises globais foi possível com o planejamento estratégico, foco na melhoria da gestão administrativa e financeira da empresa, fortalecimento de valores, capacitação e reorganização de equipes em todos os níveis, aliada às estratégias de marketing e comunicação.
Como resultado, além de crescimento da participação nos mercados, ampliação da capacidade produtiva, maior portfólio de produtos e entrada em novos segmentos, a Menegotti busca se consolidar como principal marca do setor e ser líder no canteiro de obras até o final do século. Ela diz, sobre a importância do marketing e da comunicação, que os resultados são fruto da constante evolução, “ressignificando objetivos para o fortalecimento da marca como o principal ativo da empresa e tendo as pessoas como um dos pilares na construção de valores para a companhia”.
O desenvolvimento da primeira plataforma digital para a venda de parafusos tornou a Sipar Ferramentas reconhecida em todo o Brasil, inovando em um segmento de produtos tradicionalmente ligado às lojas físicas e uma diversidade de itens.
“O maior desafio em termos de marketing e comunicação era mostrar que é possível comprar parafusos online, o que temos conseguido”, diz Paulo Roberto Schwarz, sócio fundador da empresa e idealizador do primeiro e-commerce do País em vendas de parafusos e elementos de fixação pela internet.
A ideia de criar a Parafuso Fácil surgiu no final de 2019, como um diferencial da empresa que há mais de 25 anos atua com foco na venda de máquinas, ferramentas e itens como parafusos e elementos de fixação, em Jaraguá. Já no ano seguinte, com a aceitação do projeto, e com a expansão da plataforma seguindo de maneira independente ao negócio principal, a Parafuso Fácil vem conquistando um nicho de mercado que desafia em aspectos que envolvem desde a venda, logística de entrega e prazos para que o produto chegue rapidamente ao cliente, entre outros fatores.
O período de pandemia, explica o empresário do varejo, acabou ajudando a impulsionar os pedidos e com ações no meio digital, e a divulgação em mídias especializadas o volume de pedidos que se iniciou pequeno projeta chegar até o final do ano em mais de 20 mil cadastros de compras para cerca de 26% de municípios em todo o território nacional.
Completando o painel, o gerente de Marketing Corporativo da WEG, Deisne de Araújo, falou sobre as estratégias da empresa para se tornar uma marca conhecida em negócios ligados não só à fabricação de motores elétricos, mas em setores linkados com sustentabilidade, como energias renováveis, eletro-mobilidade, entre outros segmentos, com isso agregando valor à marca que vai além do produto e de soluções, no Brasil e exterior.
O trabalho é contínuo, assinala, e precisa contar com o envolvimento da equipe de marketing, de parceiros na comunicação da empresa com seus diferentes públicos, do apoio da alta gestão e, principalmente, o engajamento de cada um dos 40 mil colaboradores da companhia em 15 países onde a WEG está presente.
“Quando mudamos a maneira de comunicar as pessoas passam a se identificar com a empresa. Mesmo que mantendo a identificação com o produto, há uma conquista do olhar mais atento para o que a marca significa e o que ela entrega para a sociedade em modernidade, eficiência e qualidade de vida”, assinala. Para isso, a participação de cada funcionário incorpora maior valor porque resume histórias verdadeiras em que os atributos que sustentam a marca ficam mais visíveis.
“Destacamos as características, evidenciamos os benefícios, mas acima de tudo valorizamos os impactos do produto no meio, respeitando a cultura de uma empresa, porém de maneira leve”, reforça, citando as redes sociais e outras ferramentas de comunicação utilizadas no apoio ao marketing corporativo.
O painel foi acompanhado pela presidente da ACIJS, Ana Clara Franzner Chiodini. “Uma oportunidade para ampliar as conexões entre empresas e gerar mais conhecimento em um setor importante para o posicionamento no mercado”, enalteceu Ana Clara, sobre os cases apresentados no painel.
Silene Wolf, cofundadora da WOOP Comunicação e mediadora do painel, também apresentou projeto que o Núcleo de Marketing e Comunicação está divulgando para uma radiografia do setor. O Mapeamento Cultural de Marketing nas Empresas é uma pesquisa que vem sendo realizada nos últimos meses no município, com o objetivo de conhecer o perfil das empresas em relação às áreas de marketing e comunicação. Alguns dados já são conhecidos, informou, e indicam que cerca de 50% das empresas respondentes contam com profissionais especializados, mas 30% delas ainda enfrentam dificuldades na contratação, outras 22% não mantêm estruturas profissionalizadas na área. Uma das questões apuradas diz respeito a indicadores e métricas de resultados. Com a pesquisa, o Núcleo busca ter uma visão ampla quanto aos riscos e oportunidades, estratégias de inteligência, pontos de atenção e indicações para o planejamento.
>>> Empresas que ainda não participaram da pesquisa podem acessar o Mapeamento Cultural de Marketing clicando aqui: https://bit.ly/3CDAw5b