Notícias 30 out, 23

ACIJS celebra sucesso do evento, que tem próxima edição programada para 2025

Em clima de “festa literária”, Jaraguá do sul se despede da Bienal Internacional do Livro

Mesmo com dias chuvosos na maior parte da programação, a Bienal Internacional do Livro chegou ao fim, no domingo (29), deixando no ar um ‘gostinho de quero mais’. Uma agenda intensa, que envolveu públicos de todas as idades e ocupou uma área de cerca de 20 mil metros quadrados nos prédios do Centro Cultural da SCAR e Centro Empresarial, além dos espaços externos. A Bienal Internacional do Livro tem sua próxima edição em 2025.

Foram 11 dias movimentando crianças e adultos em 12 palestras, mais de 40 contações de história, lançamentos de livros, sessões de autógrafos, e 15 espetáculos teatrais, além de apresentações culturais de dança e música em 130 horas de programação. Com todas as atividades com acesso gratuito, a Bienal Internacional reuniu autores de renome nacional e internacional, aproximando leitores e escritores, consagrando todas as vertentes da literatura e oportunizando debates sobre tendências da arte e da cultura, empreendedorismo e negócios, tecnologia, diversidade e saúde mental, entre outros temas.

Com o tema “Como viver junto”, o evento foi uma celebração ao que Jaraguá do Sul faz de melhor: a mobilização da comunidade em torno de projetos que agregam dinamismo e mobilidade social. Nesta primeira edição, o evento homenageou a presença de húngaros na construção da cidade, representados por mais de 15 mil descendentes que formam um mosaico étnico-cultural importante para o desenvolvimento econômico e social do município e região.

Valorizando a multi culturalidade e variedades de abordagens que extrapolam o ambiente literário, a Bienal trouxe a inédita presença em Santa Catarina de nomes como Krisztina Tóth, escritora húngara que lançou seu primeiro livro traduzido para o português, e András Szántó, um dos mais importantes consultores em arte e museus do mundo. Ao mesmo tempo, também contou com a presença de escritores dedicados a assuntos ligados ao mundo corporativo, da governança empresarial, gestão de pessoas, planejamento financeiro e da tecnologia aplicada aos negócios, como Nathália Rodrigues (Nath Finanças), Clarice Martins Costa, Christian Dunker, Martha Gabriel, Nuno Ramos, Carolina Casarin, Natália Timerman, Alê Garcia, Pedro Augusto Baía e Zsuzsanna Spiry. Além dos catarinenses Ieda Magri, Michelli Provensi, Fernando Boppré e Sidnei Marcelo Lopes.

ACIJS celebra “novo patamar em eventos culturais”

No encerramento da Bienal, no domingo, o diretor de Programação Artística e Internacional, Carlos Henrique Schroeder, definiu motivos do sucesso do evento, destacando “parceiros e amigos que fizeram parte desta trajetória. Schroeder enalteceu as parcerias com SCAR e ACIJS e patrocinadores, “além do entusiasmo de todos da prefeitura e governo do Estado. E as pessoas mais importantes: o público que prestigiou todas as atrações. Deixamos um legado. Estamos muito orgulhosos”, comemorou. “A programação permitiu o diálogo entre diferentes áreas, trouxemos assuntos que são essenciais hoje para o desenvolvimento cultural e econômico. Pensamos em conectar as características de Jaraguá do Sul, um município marcado pela cultura e pelo empreendedorismo”, reafirma o coordenador da Bienal Internacional do Livro de Jaraguá do Sul, João Chiodini.

A presidente da ACIJS e do Centro Empresarial, Ana Clara Franzner Chiodini, também faz um balanço positivo da Bienal. “É um evento que marca um novo patamar na cultura da cidade”, pontua Ana Clara. Destaca a evolução que um evento literário como a tradicional Feira do Livro, realizada em Jaraguá do Sul, alcança depois de 15 anos. “É algo super relevante termos uma Bienal Internacional que traz, além de toda a bagagem cultural de um evento literário e uma movimentação econômica e social importantes, também o conhecimento em diferentes formas de expressão com grandes nomes do pensamento empresarial”. Estar ao lado da SCAR, da Prefeitura e sua Secretaria de Cultura, e juntamente com a organizadora Design Cultura, explica a presidente da ACIJS, representa um saldo extremamente positivo. “A parceria e a mistura de arte, cultura, empreendedorismo, em todas as frentes de produção de conhecimento, traz um ganho muito expressivo e totalmente positivo para a comunidade”, completa.

A Bienal Internacional do Livro de Jaraguá do Sul é uma realização da Design Cultural, SCAR e ACIJS, com apoio da Prefeitura Municipal, através da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer de Jaraguá do Sul, promoção da Fundação Catarinense de Cultura, por meio do Programa de Incentivo à Cultura, do Governo do Estado, e tem o patrocínio das empresas Havan, Malwee, Indumak, Urbano. Tirol, Lunelli, Zanotti, Bold, Live, Condor e Maahs.

>>> Confira no álbum alguns dos melhores momentos da programação – crédito das fotos: Bienal Internacional do Livro / ACIJS

Confira destaques de algumas das palestras na programação:

Abrindo a programação, no dia 19 a empresária, administradora, escritora e youtuber Nathália Rodrigues, falou a importância do planejamento financeiro ser assunto do dia a dia de todas as pessoas, independente de idade e classe social. Nascida e criada na periferia de Nova Iguaçu, cidade da Baixada Fluminense (RJ), em sua fala “Nath Finanças” defendeu a necessidade da educação financeira desde a infância como uma forma de empoderamento e também para a saúde mental das pessoas. “Falar sobre educação financeira com as crianças, e também com adultos, é normalizar uma conversa que precisamos ter sobre dinheiro, até para não cairmos em armadilhas que muitas vezes trazem aperto no final do mês”, afirmou a escritora, que lançou em Jaraguá do Sul o livro “O Plano Perfeito”, ilustrado por Ziraldo.

No dia 20, a conselheira corporativa Clarice Martins Costa falou sobre “Gestão de pessoas: teoria e prática”, compartilhando a experiência de uma bem-sucedida carreira profissional de mais 30 anos de experiência na área de gestão de pessoas. Atuando como presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Lojas Renner, integrante do Conselho Deliberativo do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) e do Conselho de Administração do Grupo Panvel, a profissional é referência de renome na área empresarial. Na palestra no CEJAS, Clarice definiu que “a cultura empresarial é o resultado de todas as ações da empresa, principalmente da ação dos líderes”.

Outro convidado da Bienal, o psicanalista brasileiro, professor e autor, Christian Dunker falou no dia 22 sobre lutos finitos e infinitos, trazendo uma relevante reflexão sobre como elaboramos as perdas ao longo da vida. “O luto não é perder uma pessoa. O luto é sobre reconstruir o afeto. Quando a gente perde uma ideia ou um projeto também é um luto! O adolescente vive o luto de perder a infância, por exemplo. O mundo de criança morre. E, você entra em um novo mundo”, pontuou. Dunker é autor de “Lutos finitos e infinitos”. Segundo ele, o tempo de duração de um luto é único para cada pessoa e todo processo possui suas etapas que precisam ser respeitadas. Todo apoio é importante para a reconstrução.

No dia 28, sábado, a escritora Martha Gabriel, reconhecida como uma das principais referências do Brasil na área de negócios, marketing e inovação, falou sobre “Inteligência Artificial Para os Negócios”. Ícone multidisciplinar na América Latina nas áreas de negócios, tendências e inovação, Martha Gabriel abordou o futuro do uso de inteligência artificial no mundo corporativo. Em uma visão otimista, a especialista defendeu a necessidade de compreender a tecnologia e o uso de dados, para que eles possam ser utilizados de uma forma ética, benéfica nos negócios. Segundo ela, profissionais devem se atualizar para entender o potencial da IA no dia a dia. “O pensamento crítico é o que vai fazer você capturar dados. Esse pensamento é o que faz questionar o que está acontecendo”, afirmou. Martha é autora dos best-sellers “Marketing Na Era Digital”, “Educar: A (R)Evolução Digital na Educação” e “Você, Eu e os Robôs”, duas vezes finalista do Prêmio Jabuti.

Um dos 20 Creators Negros mais Inovadores do Brasil, Alê Garcia trouxe o tema cultura e negritude para a sua palestra. Criador de conteúdo e publicitário, ele é especialista em criatividade. Para o especialista, a maneira como pessoas negras são apresentadas na mídia constrói narrativas. Portanto, é necessário um olhar crítico e de inclusão. “Ninguém é o que não vê. Então se uma pessoa negra não se vê em determinadas funções, uma criança negra não vai sonhar com aquilo”, disse. Como escritor, conquistou o Prêmio Fundação Biblioteca Nacional e foi finalista no Prêmio Jabuti com o livro de contos “A Sordidez das Pequenas Coisas”. É ainda fundador da Casablack, empresa multiplataforma de conteúdo, de criação, gerenciamento de carreira de talentos negros e desenvolvimento de branded services.

O sociólogo e escritor húngaro András Szántó apresentou na Bienal o livro “O Futuro dos Museus”, uma obra concebida durante a pandemia do Covid-19, em que apresenta entrevistas com 28 profissionais da museologia de referência internacional. Szántó mostrou exemplos inspiradores de como os museus estão se renovando e se aproximando cada vez mais de suas comunidades. “O museu está evoluindo de um simples edifício para ser vivenciado em múltiplas plataformas. Deixou de ser um mero templo para se transformar em um espaço de convivência”, ressaltou. Para entender os caminhos possíveis para a construção de um museu empático, agregador e relevante, Szántó entrevistou curadores e diretores de alguns dos mais importantes museus de todos os continentes – entre eles o brasileiro Adriano Pedrosa, do Museu de Arte de São Paulo (MASP).

Krisztina Tóth, escritora multipremiada e uma das principais autoras húngaras da nova geração, com mais de 30 livros publicados, abriu a agenda de lançamentos da versão brasileiro do livro “Pixel” em Jaraguá do Sul. Pela primeira vez na América Latina, a escritora falou sobre experiências de carreira e as características da literatura da Hungria. Segundo ela, apesar de o país ter ganhado renome internacional, ainda é notável a predominância masculina na escrita, sendo imperativo que mais vozes femininas representem o país. “Na Hungria, a representação é desproporcional, temos ainda poucas autoras húngaras. Eu acho que isso vai mudar. E percebo que em muitos outros lugares isso nem é mais um tema”, enfatizou. (Com informações da Bienal Internacional do Livro de Jaraguá do Sul)



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