O Ministério da Economia divulgou nesta quarta-feira (23) os dados do Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados, o Caged. Após três anos seguidos de mais demissões do que contratações, a economia brasileira voltou a gerar empregos com carteira assinada em 2018. É o melhor resultado do país desde 2013.
Foram abertas 529.554 vagas formais no ano passado. O número é o resultado da diferença entre as contratações e as demissões no período. Foram registradas cerca de 15,3 milhões de admissões e mais de 14,8 milhões de afastamentos. Em 2018, o setor de serviços foi o que mais abriu vagas, e a administração pública foi o único setor que demitiu trabalhadores.
O Brasil fechou 2018 com um saldo de 38,39 milhões de empregos formais existentes. No fim de 2017, o saldo de empregos formais estava em 37,86 milhões de vagas. O resultado de 2018 representa o maior número, registrado no fim do ano, desde 2015, quando 39,2 milhões de pessoas ocupavam empregos com carteira assinada.
Todas as cinco regiões do país registraram mais contratações do que demissões no ano passado. O governo também informou que o salário médio de admissão foi de R$ 1.531,28 em dezembro de 2018. Em novembro do ano passado, o salário médio de admissão estava em R$ 1.528.40.
Balanço positivo na região
Segundo os dados do Caged, o quadro também é positivo no município de Jaraguá do Sul, com um saldo de 477 postos de trabalho com carteira assinada gerados no ano passado. Este é o melhor resultado na geração de emprego desde 2014, e o segundo ano consecutivo de resultado positivo no município, que encerrou 2017 com saldo de 288 empregos e registrou a perda de 7.219 empregos formais entre 2015 e 2016. Ao todo, o ano contou com a abertura de 23.921 contratos de trabalho e encerramento de outros 23.444.
Para o presidente da ACIJS, Anselmo Luiz Jorge Ramos, os números divulgados refletem uma situação percebida em todo o País, alinhada aos indicadores de confiança do empresário brasileiro.
“Ações que já foram anunciadas e outras medidas que o governo federal deve implementar trazem uma perspectiva favorável para que as empresas invistam e consequente isto gere um movimento de expansão do quadro de empregos”, assinala Ramos. Para o empresário, quanto mais elevado for o nível de mudanças que proporcionem maior segurança melhorar será a reação do setor produtivo, antevendo que o quadro pode ser mais significativo e se consolidar com as reformas que o Brasil precisa, como é o caso da reforma previdenciária.
“É importante que se tem há em mente que estas reformas, que já estão na pauta do governo há algum tempo, não dependem apenas do Executivo, devem estar alinhadas com o Legislativo, com um consenso que leve à estabilidade econômica de maneira geral, que passe pelo ajuste fiscal, pelo equilíbrio das contas públicas e pelo melhor funcionamento da administração pública”, reforça Anselmo. Outro aspecto que ele aponta diz respeito a questões como a privatização de setores, como em áreas de infraestrutura, que poderá estimular a retomada de investimentos importantes para alavancar o crescimento e consequente aumento das contratações.
Completa o presidente da ACIJS: “Embora o número de pessoas sem carteira assinada ainda seja alto, devendo estar se situando em cerca de 11% de desempregados, os resultados até aqui demonstram que há uma tendência de reversão deste quadro, que continuará refletindo na medida em que o governo demonstre suas ações para que o Brasil alcance um novo patamar de desenvolvimento econômico e social”. [com informações dos portais Diário de Jaraguá e OCP News]