Notícias 09 mar, 23

Falta de maior fluxo no trânsito e o agravamento de riscos para a segurança na malha viária preocupam o setor produtivo, que teme perda de competitividade e reflexos no desenvolvimento econômico e social do estado

Estudo aponta que sem mais recursos, SC corre risco de colapso em rodovias

A duplicação da BR-280 no trecho de 74,5 quilômetros entre São Francisco do Sul e o acesso à Corupá, incluindo o contorno de Jaraguá do Sul e Guaramirim, precisa de R$ 920 milhões para ser concluída, de acordo com os dados do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), expostos em estudo que a Federação das Indústrias (FIESC) apresentou nesta quarta-feira (8), em São Francisco do Sul.

A análise apresentada a lideranças da região pelo engenheiro Ricardo Saporiti detalha a situação das obras nos três lotes desde que o projeto de duplicação foi definido em 2014, com um valor inicial global de aproximadamente R$ 1 bilhão e previsão de conclusão em 2018. O valor remanescente estimado contempla os lotes 1 (R$ 300 milhões), 2.1 (R$ 110 milhões) e 2.2 (R$ 510 milhões), com exceção da travessia do Canal do Linguado, que ainda não tem solução definida.

Túnel na região de Vieiras, que integra o contorno da BR-280 entre Guaramirim e Jaraguá – DIVULGAÇÃO/FIESC

“A BR-280 é um dos eixos estratégicos para o desenvolvimento catarinense. Santa Catarina tem na indústria o seu grande vetor de desenvolvimento e precisa de uma infraestrutura adequada para crescer. O custo logístico é um componente importante na composição de preço de um produto. Se temos uma rodovia na condição que está, certamente há incremento no custo logístico da região. Então há perda de competitividade”, afirmou o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar.

O empresário destacou ainda, no encontro realizado na sede da ArcelorMittal Vega, que em um raio de 50 quilômetros do entorno da rodovia BR-280 estão localizados 45 mil estabelecimentos que empregam 506 mil trabalhadores. A corrente de comércio é de US$ 13 bilhões em 2022 – o equivalente a 25% do PIB de Santa Catarina. Além disso, na região a população é de 1,6 milhão de habitantes.

A falta de recursos suficientes para acelerar a obra preocupa as lideranças regionais, pois sem maiores investimentos o fluxo no trânsito e o agravamento de riscos para a segurança na malha viária pode trazer perda de competitividade e reflexos no desenvolvimento econômico e social do estado. Marcelo Campos, gerente de logística da empresa, lembrou que a demanda pela duplicação da BR-280 se arrasta desde antes do início das operações da companhia, em 2003, e que desde então a infraestrutura logística é praticamente a mesma. “Algo precisa ser feito com urgência, pois com a atual expansão da atividade econômica na região, estamos na iminência de vivenciar um colapso logístico”, completou.

A presidente da ACIJS e do Centro Empresarial de Jaraguá do Sul, Ana Clara Franzner Chiodini, avalia a situação logística do Estado como preocupante, e destaca a situação principalmente da BR-280 no trecho entre São Francisco do Sul e Corupá. A empresária assinala que a classe empresarial segue acompanhando a evolução do projeto, na expectativa de maior direcionamento de recursos para a aceleração das obras. “É uma situação crítica e preocupante em todas as regiões, mas especialmente na BR-280 temos gargalos que comprometem a logística de transporte de produtos e de matéria prima para as nossas indústrias. Temos reforçado a necessidade de conclusão do trecho da BR-101 até Guaramirim e o contorno por Jaraguá porque essa etapa já traria um alívio na circulação do trânsito pesado de caminhões que hoje passam por dentro das cidades, como também a melhoria da própria mobilidade urbana com veículos leves”, ressalta Ana Clara.

>>> A íntegra do estudo apresentado em São Francisco do Sul pode ser conferida acessando https://bit.ly/3yICCOx.

Situação da obra

>>> Lote 1 – Extensão de 36,68 km (do porto de São Francisco do Sul ao entroncamento com a BR-101)
O segmento de cerca de 7 quilômetros do novo traçado (Km 03 + 840 e o 11+000) ainda necessita da execução de um volume significativo de terraplenagem, além da execução de pavimentação e de obras de artes especiais, como viadutos. Já as obras remanescentes, acrescidas das obras de restauração e melhoramentos da pista existente, equivalem a cerca de 75% do contratado (em 2014). Para concluir o lote, estimativa do DNIT mostra que são necessários R$ 300 milhões, contudo, conforme informado pelo órgão, o lote está em fase de revisão de projetos.

>>> Lote 2.1 – Extensão de 14 km (do entroncamento da BR-101 ao início do contorno de Jaraguá do Sul)
O estudo mostra que as obras e serviços remanescentes, que estão paralisados, acrescidos dos melhoramentos da pista existente, equivalem a aproximadamente 50% do contratado (em 2014). Para concluir, as projeções do DNIT indicam que são necessários R$ 110 milhões.

>>> Lote 2.2 – Extensão de 23,8 quilômetros (do acesso a Jaraguá do Sul no km 50,74 e Guaramirim/BR-280, que inclui o contorno dos dois municípios, passando por Schroeder)
As obras e os serviços remanescentes deste lote equivalem a 55% do contratado (em 2014). Esse trecho tem uma série de obras de arte especiais que precisam ser executadas, inclusive a conclusão da implantação do túnel duplo “Engenheiro Antônio Carlos Bessa”. Entre o túnel e a interseção com a BR-280 (acesso a Corupá) destacam-se: a construção de cinco passagens superiores, ponte sobre o rio Itapocu e a interseção do contorno com a BR-280 (Corupá). Para a conclusão do lote, estimativas do DNIT mostram que são necessários R$ 510 milhões.

Precariedade dos corredores logísticos

No encontro, o secretário-executivo da Câmara de Transporte e Logística da FIESC, Egídio Antônio Martorano, apresentou um estudo que expõe a precariedade dos principais corredores logísticos catarinenses.

O estudo mostra que eles estão com a fluidez e segurança comprometida, gerando custos socioeconômicos e perda de competitividade. Outro aspecto levantado na análise são os eventos severos, como a alta incidência de chuvas que devem ser objeto de um plano de prevenção e de mitigação dos seus efeitos. (Com informações da FIESC)



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