Notícias 31 mar, 20

A Associação Empresarial divulgou nesta segunda-feira, dia 30, posicionamento em relação à decisão do Governo do Estado de prorrogar as […]

Posicionamento da ACIJS frente ao Covid-19 

Entidade empresarial se posiciona favorável às medidas tomadas pelo governo, acredita que a flexibilização do isolamento, respeitando as precauções de saúde, é viável e entende que o diálogo precisa ser transparente e com o cumprimento de ações anunciadas pela administração pública para estruturação do sistema de saúde

A Associação Empresarial divulgou nesta segunda-feira, dia 30, posicionamento em relação à decisão do Governo do Estado de prorrogar as medidas de restrição, no enfrentamento ao Coronavírus, por mais 7 dias a contar desta quarta-feira, dia 1º de abril.

No manifesto, a entidade reforça o compromisso, como entidade integrante do Comitê Gestor do Plano de Prevenção e Contingenciamento em Saúde do Covid-19, instituído pelo Município de Jaraguá do Sul (Portaria Municipal nº 180/2020), no apoio às medidas de proteção à população de Santa Catarina, tomadas no âmbito da administração pública, diante da pandemia do Covid-19.

A ACIJS tem se posicionado em consonância com todas as deliberações, visando reverter um quadro preocupante para a saúde pública, mas também diante de seus efeitos nefastos para a economia de Santa Catarina.

Neste sentido, já no dia 12 de março, a entidade mobilizou diversos setores da sociedade organizada em torno de um comitê regional, sendo posteriormente essa coordenação assumida pelo Poder Executivo e oficializada por meio de Decreto Municipal, passando então à denominação atual como Grupo Gestor de Crise / Covid-19.

Em paralelo, a ACIJS auxiliou na criação e manteve-se na coordenação da Central de Prevenção do Vale do Itapocu, fórum permanente de acompanhamento e discussão de estratégias com vistas à contenção do vírus e da mitigação de seus impactos para o município e região, contando ainda com uma plataforma digital [www.centraldeprevencao.com.br] para informar a sociedade sobre os parâmetros definidos pelas autoridades de saúde pública, protocolos a serem seguidos por empresas e coletividade, indicadores e formas de prevenção à doença, a partir de fontes oficiais e fidedignas, agindo assim também no combate às chamadas “fake News”.

Em outra frente, estruturou a Central de Captações e Aquisições, fundo para angariar e gerir recursos financeiros que servirão para a compra de materiais utilizados pela rede pública e nos dois hospitais filantrópicos da cidade – São José e Jaraguá – bem como de itens físicos, direcionando-os de acordo com as necessidades elencadas pelas autoridades locais de saúde, tais como máscaras de proteção, testes para diagnósticos, equipamentos e outros materiais utilizados por médicos e profissionais que estão na linha de frente no combate ao vírus.

Prossegue assinalando que houve apoio da classe empresarial às medidas iniciais de isolamento horizontal proposto em decreto assinado pelo governador Carlos Moisés, alinhando-se às deliberações da administração estadual para o enfrentamento à pandemia.

“Considerando, por outro lado, os efeitos destas medidas, nos juntamos à solicitação encaminhada por meio de ofício do Comitê Estratégico de Gestão da Crise / Covid-19, no dia 26 quanto à adoção do isolamento social com flexibilização e seguindo as precauções de saúde em nosso município”, ressalta o comunicado, e lembra de anúncio feito por Carlos Moisés na mesma ocasião de medidas do Plano Estratégico de Retomada das Atividades Econômicas, que aludia a deliberações em consonância a pleitos então encaminhados pelas entidades representativas de nossa sociedade”.

A mudança no direcionamento já no dia 29 (domingo), quando o governador recuou das medidas anunciadas, surpreendeu o setor produtivo. “Em nova deliberação, o acordado com a sociedade catarinense passou a ser desconsiderado, o que traz preocupações em relação aos encaminhamentos até então conduzidos com diálogo e transparência junto aos demais setores representativos”, reitera.

A entidade considera que as mudanças de rumo de maneira bruscas e repentinas geram um clima de apreensão, ansiedade e insegurança para a população e, por consequência, afetam a economia. “A ACIJS atua pautada, sempre, por princípios básicos de gestão e governança”, reforça o manifesto ao considerar “uma atecnia esse tipo de atuação, tanto pelos fatos em si quanto na dificuldade de enxergar alinhamento entre as esferas estaduais e federais”

Por fim, o comunicado enfatiza que diante do novo cenário, “a ACIJS julga ser de bom tom que o Governo do Estado assuma posição proativa quanto às providências anteriormente anunciadas no que diz respeito a dar as condições aos sistemas de saúde dos municípios (em todas as suas frentes) para que se estruturem com equipamentos e recursos financeiros, assim, tranquilizando a população atendida pelas redes de postos de saúde e hospitais”.

O comunicado relaciona características do município, com a capacidade empreendedora e de mobilização social, responsáveis por indicadores de excelência em várias áreas, argumentando que o combate ao Coronavírus vem sendo realizado por uma equipe multidisciplinar, que reúne além da própria ACIJS, suas assessorias técnicas e jurídicas, representantes da Administração Pública, outras entidades como a CDL de Jaraguá do Sul e a OAB de Jaraguá do Sul, a Polícia Militar, a Polícia Civil e os Hospitais, todos trabalhando em conjunto para controlar contágio, impedir a proliferação, promover a prevenção e minimizar seus muitos impactos.

A ACIJS entende que as condições demonstradas são favoráveis ao enfrentamento da crise em Jaraguá do Sul, trazendo como consequência uma maior possibilidade de sucesso na implantação de protocolos diferenciados de saúde.

“É de suma importância que os setores econômicos possam voltar a funcionar, ainda que gradativamente, mas com plano certo de atingimento de sua plenitude, e com a garantia que os protocolos diferenciados trarão na não propagação do vírus”, completa o documento. Evita-se, assim, outras mazelas que já estão a se instalar na sociedade, tais como a perda de empregos, fechamento permanente de empresas pela quebra econômica, aumento do índice de agressões domésticas e outras vulnerabilidades sociais, dentre outros. Devemos evitar, com as virtudes disponíveis, os nefastos danos sociais e financeiros irreparáveis que se avizinham, caso se dê continuidade à suspensão das atividades econômicas”, conclui, destacando “que essa via de mão dupla de colaboração da sociedade organizada e seus entes de representação, com o poder público, nas suas esferas estadual e municipal, deva ser restaurada no seu mais elevado grau de confiança quanto ao cumprimento do que for deliberado, para que, deste modo, os esforços nas tomadas de decisões sejam os mais assertivos possíveis e isto resulte em tranquilidade a todos”.



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